30 setembro 2007

Sacanagem

Sacanagem é um “ato libidinoso ou imortal; libertinagem, devassidão”

Sacanagem é entrar no quarto quando tem gente se divertindo
É espiar pelo buraco da fechadura
É entrar, trancar a porta, tirar a roupa e anunciar que vai participar da festa

Sacanagem é pegar duas ao mesmo tempo
Ou três, ou quatro, ou cinco juntas
Ou até seis, todas de botas e saias plissadas, e em seguida observar um show só delas

Sacanagem é ir pro motel desacompanhado pra dar em cima da atendente
É mulher de 80 pegar cara de 20
Ou meninas de 12 com DVDs pra maiores de 18

Sacanagem é um “procedimento que transgride as regras no campo das práticas sexuais”

Sacanagem é querer ensinar fazendo errado
É parar tudo e correr pro banheiro
É querer ser ensinado sabendo tudo só pra corrigir a professora

Sacanagem é incluir britadeira e luvas de boxe entre os acessórios
É perder as chaves das algemas
É passar na seção de vegetais do supermercado quando esqueceu os brinquedinhos

Sacanagem é pagar o famoso pastel com refrigerante pro coroinha
Sacanagem é se divertir com um esquilo ou com um cavalo
E puta sacanagem deve ser quando esquilo e o cavalo se divertem com você

Sacanagem é um “ato perverso; maldade, deslealdade”

Para os não originais, sacanagem é “dar patinete pra Saci”
“Dar maçã pra banguela” ou “biotônico pra mendigo”
É “colocar tachinha em cadeira elétrica” ou “dar pente pra careca”

Mas sacanagem mesmo é chamar mudo pro karaokê e surdo pra dar a nota
É dar uma folha única pro Caçulinha assoar o nariz
É jogar chiclete mastigado no Tony Ramos

Sacanagem é fazer pessoas lerem essa porcaria sobre algo que conhecem (muito) bem
Sacanagem é o terror dos bobos e a diversão de todos
Sacanagem é o que dá graça ao mundo e desgraça aos habitantes do mesmo

Sacanagem é ótimo!

14 março 2007

Estudos Sobre o Mundo Feminino - O Banheiro

O universo masculino tem apenas uma única certeza em relação ao mundo das mulheres: a de que todas elas são completamente loucas. Mas apesar disso ser motivo de constante reclamação, se mesmo assim as mulheres ainda são (e muito) desejadas, deve ser por que há algo de bom por aí. E realmente há: essa loucura feminina dá a elas toda uma gama de mistérios e segredos que nenhum homem pode entender – mas, ainda assim, tentamos. E um desses mistérios está justamente num lugar muito adorado pelas mulheres: o banheiro feminino.
Pode ser aquela pirralha que nem tem idade pra ter um celular, pode ser sua amiga tímida de vinte e poucos anos, pode ser sua mãe ou até sua avó, não importa. Independente da idade, do estilo ou das idéias, a verdade é que todas as mulheres vão seguir as regras já conhecidas para se ir ao banheiro: nunca ir sozinha e sempre demorar. Mas isso é o que qualquer um pode notar com facilidade. Há até aqueles que tentam explicar isso com coisas como “elas demoram porque não podem simplesmente abrir o zíper e ficar em pé” ou “vão juntas por uma necessidade natural das mulheres de serem sociais”. E isso é pura besteira.
Existem vários estudos sobre o real motivo das mulheres irem ao banheiro sempre acompanhadas e demorarem muito por lá. Um deles, desenvolvido há muito tempo, cita a possibilidade de existirem máquinas de pinball nos banheiros femininos, razão pela qual elas gastariam muito tempo jogando. Mas essa teoria foi logo derrubada pelo fato do pinball ser um jogo para se jogar sozinho.
Seguindo esse raciocínio, um novo pensamento foi concebido, dessa vez tendo como ponto principal mesas de pingue-pongue (afinal, é um jogo de duplas, o que explicaria o fato de estarem sempre acompanhadas). Isso é apenas parcialmente aceito, pois as mulheres podem ir ao banheiro em grupos de três ou mais indivíduos e a idéia de uma mulher entrando no banheiro e gritando “primeira de fora é minha!” não é muito agradável para nós.
A teoria dos jogos, no entanto, não é a única. Muito já se falou sobre mulheres irem ao banheiro acompanhadas para terem a quem olhar numa mistura de desejos lésbicos com pura vaidade: olhar para a amiga arrumando o sutiã daria aquele frio na barriga enquanto olhar para aquela velha disfarçando as rugas proporcionaria um grande bem estar interior.
Uma última linha de pensamento segue o dito das próprias mulheres sobre o banheiro feminino ser ainda mais sujo e nojento que o masculino. Devido a isso, elas demorariam muito mais para fazer qualquer coisa, chegando ao ponto de precisarem de ajuda para tudo. Essa explicação foi rapidamente considerada uma mentira, uma tentativa das mulheres de nos enganar, pois, como é de conhecimento dos homens, mulheres não fazem NADA que sujaria um banheiro.
Tentando descobrir a verdade, vários desbravadores (ou simplesmente curiosos, quando não pervertidos) entraram no banheiro feminino. Os resultados foram ridículos: nenhuma máquina de pinball, nenhuma mesa de pingue-pongue, nenhum vestígio de práticas homossexuais e muita sujeira. Mas é claro que isso não significa que não há nada de especial e a explicação é óbvia: apenas as mulheres podem ativar o segredo que revela o verdadeiro banheiro.
...Até que esse mistério seja revelado, nós, homens, continuaremos a buscar a verdade e não descansaremos até encontrá-la – mesmo que para isso precisemos entrar mais vezes no banheiro feminino.

16 janeiro 2007

ANIME

Depois de descobertas importantes no ramo da medicina revelarem doenças modernas raras e epidemias inesperadas é finalmente (e tardiamente) revelada a mais importante doença diagnosticada no novo século: a ANIME.
ANIME é a sigla para Acquired Nippon-Infection and Morbid Epistemophobia (Infecção Nipônica Adquirida e Epistemofobia Mórbida, sendo epistemofobia o medo do conhecimento). A doença, originada no Japão, foi rapidamente disseminada pelo mundo inteiro e, devido aos seus diversos aspectos diferentes e à falta de informação, um número absurdo de pessoas foi infectado.
Esse texto tem o intuito de alertar a população sobre esse mal e orientar sobre como proceder em caso de um diagnóstico positivo. Leia-o com atenção e faça sua parte na luta contra esse mal.

-Infecção/Transmissão
A ANIME, como dito, é de fácil infecção e transmissão. As principais formas de se adquirir a doença são:
1.Através da TV: o contato com a radiação da TV durante a exibição de um desenho de origem japonesa á a forma mais fácil de se contrair a doença. Alguns deles em especial podem produzir efeitos irreversíveis e contribuir diretamente para a contração de uma das formas mutantes da doença. Exemplos incluem Pokémon, Dragon Ball, Sailor Moon e qualquer Hentai.
2.Através da Internet: A exposição prolongada a sites com imagens e vídeos de desenhos japoneses pode ser a causa da doença. A transmissão se dá de modo semelhante à ocorrida pela TV. Contudo, os riscos da doença evoluir de maneira mais rápida são maiores quando a mesma é contraída através da internet.
3.Contato direto: o contato prolongado com portadores da doença também pode ocasionar infecção. Caso o estado mental do indivíduo não se encontre em perfeitas condições, os riscos são altos. A conversação é a forma de disseminação mais eficiente se aliada a algum dos fatores anteriores.

-Sintomas e fases da doença
Na fase inicial a ANIME não apresenta sintomas físicos. Mesmo assim, é fácil identificar um portador pelo comportamento do mesmo. É sempre possível verificar em que fase a doença o mesmo se encontra.
Fase 1: A primeira fase é aquela na qual a doença ainda não está em total atividade. Fatos que podem contribuir para um diagnóstico rápido são a exposição a desenhos e revistas japonesas por vontade própria (uma espécie de autodestruição mental), o uso de renda adquirida para acesso a tal material e busca por itens de origem oriental.
Fase 2: A segunda fase já caracteriza uma infecção propriamente dita. Qualquer um já é capaz de identificar um doente. A doença diminuirá as expressões mentais do portador de modo que a maioria daquilo que ele falar estará relacionado a alguns poucos itens da cultura japonesa, mesmo que ele ache que está se referindo a ela como um todo. A exposição a desenhos e revistas passa a atuar como um vício, o que pode levar a envolvimentos com organizações e eventos que se alimentam desse vício.
Fase 3: Nesse estágio avançado já não há mais a menor possibilidade de cura. O portador de ANIME não consegue romper o bloqueio neural imposto pela doença e passa a ignorar outros assuntos, mesmo que despercebidamente. O vício passa a ser tão grande que a não exposição diária pode causar ataques de necessidade de contato com o assunto, levando a repetições seguidas de imagens e vídeos já vistos várias vezes. A doença leva a uma necessidade incontrolável de ter contato com a língua japonesa e/ou de entrar em contato direto e indireto com pessoas de origem japonesa. As modificações físicas já podem ser notadas ocasionalmente, consistindo em tentativas de mudança de aparência por diferentes meios, de modo a ficar parecido com algum personagem num efeito conhecido como “cosplay”. É importante lembrar que até mesmo um total fracasso nessa tentativa é considerado algo “bom” por outros portadores, “alimentando” ainda mais a doença. Até o momento, felizmente, não foi identificado NENHUMA mudança física que atingisse seu objetivo de transformação (nem mesmo casos onde a aproximação foi considerável).
Fase 4: Nesse último estágio os portadores passam a receber o nome de “otakus”. São casos extremos que reúnem todos os sintomas em níveis exponencialmente maiores. A autodenominação pelo nome dado acima é o fato que mais facilmente evidencia essa fase. Todos os vícios e transformações aumentam em freqüência e intensidade. Não é aconselhável qualquer tipo de contado direto em hipótese alguma.

-Infecções mutantes
Alguns casos particulares podem ser notados entre os portadores de ANIME. A forma de contração da doença é um fato determinante nesses casos. Alguns estão listados abaixo.
O portador da forma pokémon da doença tem como principal diferença a idade mental reduzida e a compulsão por jogos eletrônicos. É possível que o indivíduo adquira uma aversão a animais comuns e passe muito tempo estudando bichos modificados. A situação fica crítica quando em momentos de muita alegria ou tristeza o portador da doença momentaneamente esquece as línguas conhecidas e repete uma única palavra (“pika”, “pikachu”, “charmander, char”, “bulbasaur”, “squirtle”, entre outras).
O portador da forma dragon ball da doença tende a se achar fisicamente mais forte do que o normal. Essa forma da doença pode fazer com que ele pense e fale que é superior aos demais devido à suposta violência mostrada na fonte dessa forma da doença. Apesar de tal violência não ser em hipótese alguma realmente violenta/chocante, o portador vai insistir que é e perderá qualquer noção da violência real e, mais tarde, a noção da realidade de modo geral. Essa forma pode vir com alguma(s) letras na frente do seu nome, como Z ou GT. Tais letras são completamente inúteis: a doença tem o mesmo efeito.
A forma sailor moon prejudica o portador em sua vida afetiva e sexual. Aquele que possui essa mutação da doença (homens, principalmente) perde lentamente a capacidade de se relacionar com seres humanos de outro sexo e passa a conseguir se excitar e satisfazer apenas com pensamentos e imagens de desenho animado. O indivíduo considera que olhos normais, cabelos com muitos fios e qualquer outra roupa que não seja um uniforme de colegial são coisas avessas à sua excitação. Em um grau maior de intensidade, a forma hentai pode ainda causar baixa auto-estima, uma vez que, tentando copiar em tudo as causas da sua doença, o portador normalmente se sente um fracasso por ter alguma imperfeição no corpo ou não conseguir ejacular em enormes quantidades.

-Como proceder
Se você conhece portadores da doença, identifique em que estágio ela se encontra. Você mesmo pode contribuir tentando injetar algum conhecimento válido no portador. Caso esteja lidando com a doença numa fase avançado (3 ou 4) procure auxílio profissional (até o momento, apenas hospícios trabalham na contenção de doentes; hospitais não estão preparados).

31 dezembro 2006

Saddam Hussein; ou, O Moderno Frankenstein

Numa noite, nos Estados Unidos, em 1989, o presidente pensa um pouco em seu laboratório secreto na Casa Branca.
– Não, não pode ser assim. Se Deus pode controlar a vida, porque eu não posso? Sim, é isso. Posso ter controle sobre a vida.
E, assim sendo, o presidente começa a buscar por matéria prima para sua experiência: corpos humanos. E ninguém no mundo tinha um maior estoque de corpos do que ele mesmo, que conseguiu uma quantidade enorme no Japão 44 anos antes.
Tendo juntado os pedaços (no real sentido da frase), o presidente começou a parte crítica do plano: elevou o corpo numa plataforma até estar próximo de um monte de fios soltos e outras coisas que dão um belo choque. E, depois que o choque foi dado, algo se mexeu na plataforma.
– Está vivo! Está vivo!!! – Gritou o presidente. – Agora precisa de um nome...
O recém-criado, que, como todo mundo que acaba de chegar ao mundo não sabia falar direito, balbuciou alguma coisa:
– Sa... aruzei...
– Como é que é? – Perguntou o presidente.
– Dada... Ussei...
– Fala direito moleque! – Disse o presidente dando um tapa na nuca no “filhote”.
– Sadam Husseim, porra!!!
– Ah! Agora sim, dá pra entender... Ou quase. Saddam, sendo cria minha, vou te dar muito poder. Agora, vai lá e joga esse poder todo em cima do Iran em forma de bombas que aquela terra não nos agrada muito.
Obedientemente, Saddam foi até lá e fez exatamente o que lhe foi mandado. Até que um dia, ele teve uma idéia:
– Peraí! Para tudo! Se eu posso jogar bomba, que seja em quem eu quiser. E eu nunca gostei do Kwait mesmo... Kuwait... Ku-wait... Ku-white... Cu branco, hehehe...
E, dessa forma, Saddam (que sofria de sérios problemas com trocadilhos, como visto acima) resolveu invadir o Kuwait.
De volta aos EUA, um cara de terno chega até o presidente e fala no ouvidinho dele:
– Saddam está invadindo o Kwait.
...
Depois de longos dez minutos sem nenhuma reação, o presidente pergunta:
– Como?
– Saddam está invadindo o Kwait.
– Ah ta... Kuwait? Essa é a capital do Brasil?
– Não senhor, é um pequeno país no oriente médio.
– Droga! Eu não mandei ele invadir nada! Mandei?
– Não senhor. Essa invasão não nos traz nada de bom.
– Então vamos acabar com isso! Invente uma desculpa qualquer, aquela baboseira de democracia, liberdade e coisa e tal. Faz com que ninguém goste do Saddam.
– Sim senhor.

Quinze anos depois, o cara de terno volta.
– Presidente! Novas descobertas geográficas inéditas no nosso país revelaram que o Iraque tem petróleo!
– Oh, que pena. Mande um médico examinar o coitado, sim?
– Senhor, petróleo não é doença. É algo que pode nos tornar mais ricos.
– Ah, então toma isso do tal do Iraque!
– Senhor, a cria de seu papai, Saddam Hussein, está comandando o Iraque.
– Bem, nesse caso, inventa uma desculpa e manda inspecionar tudo lá.
Porém, quando os inspetores chegaram ao Iraque, Saddam, muito emputecido, mandou todos de volta.
– Ninguém mexe nas minhas coisas! – Disse Saddam.
– Saddam, você foi criado por nós! Tem que obedecer! – Disse o presidente.
– Não!!! Não sou seu! Eu também posso ter uma terra minha! Só minha! Eu também sou um ser vivo!
– Meu deus! Está fora de controle!!! Está se voltando contra seu criador! Chamem reforços! Prendam-no!
E, assim, Saddam foi preso e levado a julgamento.
– Saddam Hussein – Disse o juiz – Você está condenado à morte por ter a má sorte de não ter conseguido um julgamento decente.
Dessa forma, Saddam foi executado.

Mais tarde, na Casa Branca, o presidente conversa com o cara de terno:
– Você achava possível que uma criação nossa pudesse fazer isso?
– Não senhor. Mas lembre-se: executou algo criado pelo seu papai.
– Será que ele vai sentir falta?
– Não se preocupe, estamos encomendando um novo para mandarmos para um país diferente que tenha petróleo. 



NOTAS:
Você não vai gostar nada desse texto se não entende um pouco do caso Saddam/Iraque.
Personalidades usadas nesse texto foram maltratadas, mas não para que ele fosse escrito.
Os fatos históricos narrados acima aconteceram de forma BEM diferente; não o use como fonte de pesquisa acadêmica!

26 julho 2006

Vida Longa à Cabeça Sem Cérebro

Todos já imaginaram em como seria conversar com o bicho de estimação, com árvores, com o computador, o coração... Enfim, com esse “pessoal” que, achamos nós, teriam algo de interessante a compartilhar. Então vamos logo ao que interessa e imaginar como seria conversar com a parte mais importante do corpo de um homem: o pinto (sim, ele é mais importante que o cérebro – a diferença é que depois de assumir temporariamente o controle de todo o corpo ele dá uma descansada e deixa o cérebro como substituto).
Cada um tem sua própria concepção do que é bom e do que é bonito formada no cérebro, e o pinto é obrigado a concordar. Isso única e exclusivamente porque ele não pode falar e é vítima de nosso egoísmo inesgotável.

“Hm... olha só que beleza, heim, pinto? Novinha, magrinha, tudo no lugar...”
“É. Novinha... Novíssima na verdade. Em outras palavras, provavelmente é bem apertadinha. Passa pra próxima.”
“Apertadinha? Ah, não fala isso, só faz a menina parecer melhor do que já é...”
“Melhor? MELHOR? O que você andou bebendo? Acha que eu gosto de ficar me espremendo por aí? Eu garanto pra você que é muito pior do que qualquer camisa de força idiota!”
“Ah, qual é! Vai dizer que você prefere o contrário?”

Da mesma forma, todos temos nossas próprias concepções do que é feio ou ruim – na verdades, sabemos muito mais sobre que não gostamos do que sobre o que achamos bom...

“Claro que prefiro o contrário! Você que fica só aproveitando o que ta por fora...”
“Ok, então o que você sugere, ó poderoso pinto?”
“Vejamos... Que tal aquela ali mais à frente?”
“Mais à frente... AQUELA ALI?”
“Claro.”
“Ela deve ter mais de 60 anos!”
“Eu sei. Não é ótimo?”
“Não, é bem diferente de ótimo...”
“Pare e pense: você prefere que eu me esprema como se quisesse limpar uma mangueira por dentro ou prefere que seu melhor amigo tenha um tempo só dele entre fofas e gostosas almofadas de várias camadas?”
“Tá maluco? Você nem vai chegar a ficar acordado! Por acaso já viu aquelas rugas?”
“Claro que vi! Não é ótimo? Vai ser como dormir envolto por vários cobertores ao mesmo tempo...”

E o conflito pode se expandir. Gostos diferentes são só um detalhe. Um pinto com cérebro poderia ter, por exemplo... Complexos?

“Não deixa ela me ver!!!”
“Calma Pafûncio! Nenhuma mulher acha estranho olhar para um pinto nessas horas...”
“Não interessa, não deixa ela me ver!!!”
“Para com essa bobeira! Até parece que não gosta...”
“Não é esse o caso! É que você não tem que deixar ela me ver e pronto!”
“Você já é um problema pra mim. Por causa de você eu custo a chegar tão longe. E você ainda fica com essas besteiras de vergonha de tamanho? Quer saber, nem se ela quisesse ela veria algo desse tamanho!”

Mas, da mesma forma que criança pequena, uma conversa manipuladora resolveria o caso. Agora, se o outro lado resolvesse partir pra pirraça...

“Levanta desgraçado!”
“Não.”
“Levanta!!!”
“Não.”
“Olha só: eu nunca vou ter uma chance dessas novamente. Por favor, você poderia levantar?”
“Hm... Não! A não ser que você me dê aquele presente”
“Mas eu não posso...”
“Ou isso ou eu continuo tentando tirar um cochilo”
“Ta bom, ta bom, eu compro a droga da cueca de seda! Mas vai ter que deixar eu voltar a usar calça jeans!”
“Voltar a usar jeans? Bem, nesse caso eu volto a dormir...”
“Filho da...!!!!!”

Resumindo: pinto bom é pinto burro. E as mulheres que aprendam que o fato de pensarmos com apenas uma cabeça de cada vez é uma GRANDE vantagem!

25 julho 2006

Brasils

Todos sabem que o Brasil é um país muito diversificado. E, se olharmos separadamente cada parte dele, vamos ver que essa diversificação está além de nossa imaginação. Principalmente quando procuramos motivos para encher os nascidos em cada região ou estado.
Pois que seja: vamos tomar o Brasil de note a sul, de leste a oeste (mais precisamente de Centro-Oeste a Sul, passando pelo Norte, Nordeste e Sudeste) de modo a deixar todo brasileiro que ler isso puto, seja de onde ele for...

CENTRO OESTE

- Goiás
Ah, Goiás... Terra da catação de tomate e do sertanejo brega... Todo dia os brasileiros deviam dedicar um minuto a Goiás. Não por agradecimento, mas pra culpar o estado, que nos rendeu as maiores porcarias da “música” sertaneja. E, como se isso não fosse o bastante, foi Goiás que nos deu o Tocantins.
...Que desastre...

-Mato Grosso
Alguém já parou para pensar nesse nome? Mato Grosso... Que nome idiota pra um estado, não? Mato Grosso... Vai falar que não lembra aquelas roças mais brabas? Fora isso, a grande importância do estado é abrigar os fazendeiros podres de ricos que diminuem cada vez mais as terras dos índios e divertir as crianças que vêm o mapa do Brasil com a “cabeça de boi” que aparece nas divisas do estado.

-Mato Grosso do Sul
Se tem um nome mais idiota que Mato Grosso é Mato Grosso do Sul. Porra, o nome é ruim e ainda copiam? Fora que lá é que está o Pantanal e aquela piranhada toda. E, pros que não sabem, “Pantanal” já foi nome de novela com o Sérgio Reis!!! Só piora a situação do estado...

-Distrito Federal
Pra começar, isso nem é um estado. Em segundo lugar, é um retângulo (...?). Mas isso é o de menos. Como todos nós sabemos, é lá que fica Brasília, a capital nacional e grande pólo do consumo de ternos caros, sapatos finos e verbas públicas.

NORTE

-Acre
Primeiro, localize-se: Acre é aquele estado que fica encaixado no Peru. É um corte do Amazonas pra criar um outro fuso-horário pro país. Falando em Peru, o Acre já não foi do Peru não? E não é lá que o Jornal Nacional é menos visto por causa do horário? E, além do mais, como se chega no Acre de carro? Lá tem time de futebol? ... Ao menos uma capital tem, né? Ah bom!

-Rondônia e Roraima
Não tem porque separar. Esses incríveis estados não somam 50 municípios (e isso eu to falando no chute, pq, se me lembro, não somam 20...). Fora que a capital de um é Porto Velho, e, como não tem mar lá, o porto é fluvial. E andar de barco em rio é pra pescador de rede com peito caído e costela aparecendo (o que não deve ser muito diferente com pescadoras)!

-Pará
Sinceramente: o que de bom vem do Pará? Assassinato de freira, massacre de sem-terra, Calipso, leite de búfala... Ao menos Jesus nasceu na capital de lá...

-Tocantins
Tocantins foi tirado de Goiás. E, pra Goiás não querer uma coisa, deve ser ruim mesmo!

-Amazonas
Por mais que você se esforce, você só vai lembrar de duas coisas ao pensar em Amazonas. A primeira coisa é a floresta. Todo mundo, quando pega o mapa do Brasil e vê Manaus no meio do nada, pensa “porra, se a cidade é aqui deve até ter onça no meio das ruas!”. Já a segunda coisa só vem em mente quando você compra um DVD, CD ou algo do tipo. Ao invés do famoso “Made in China” está escrito “Produzido na Zona Franca de Manaus”. E você fica sem saber se preferia esse ou o chinês.

-Amapá
Numa pesquisa feita por um instituto nada confiável, o Amapá é o estado menos lembrado pelos brasileiros. Mas, por que isso? Por que as pessoas não se lembram do Monumento Marco Zero do Equador? Por que não se lembram do Museu do Desenvolvimento Sustentável? Da Fortaleza de São José do Macapá? Do Sambódromo?
...Do que estamos falando, mesmo?

NORDESTE

-Bahia
Ah, Bahia... A terra de preguiça, da bunda desproporcional e das mulheres com cabelo no sovaco... Coisas que, por sinal, se ligam: como os baianos quase nunca se levantam, precisam de uma bunda maior pra agüentar muito tempo sentados e, como têm preguiça, as mulheres não se depilam. E, claro, vale lembrar que um dos quatro cavaleiros do apocalipse tem maior força na Bahia do que em qualquer outro lugar: o axé.

-Sergipe
Veja Pernambuco.

-Pernambuco
Veja Sergipe.

-Alagoas
Uma fusão de Sergipe e Pernambuco.

-Paraíba
Como todos já sabem, Paraíba é um estado masculino e as mulheres são machos. Ou seja, se você encontrar um paraibano casado pode pensar de duas formas: ou a mulher é de outro estado ou ele gosta de levar algumas dedadas.

-Rio Grande do Norte
A grande força do estado é sua capital. Durante 364 dias, ninguém lembra do Rio Grande o Norte. Tanto que, se você falar “Rio Grande”, todos vão entender que é o do Sul. Mas, em 25 e Dezembro, ninguém para de falar em Natal. Natal isso, Natal aquilo, Natal pra lá, Natal pra cá... Todas as lojas arrumam preços especiais para Natal, todos os shoppings se enfeitam para Natal... Quem sabe, quando Natal durar mais de um dia, o estado não seja lembrado mais vezes?

-Ceará
A terra dos cabeçudos. Se você ainda não sabia por que os cearenses são baixinhos, agora sabe: ninguém agüenta o peso daquelas cabeças! 40% do peso do Ceará está acima dos pescoços dos cearenses. Percebe-se por que lá o índice de multas por andar de moto sem capacete é grande...

-Piauí
Apito do trem é o *******! Essa “piada” já era velha no tempo da Escolinha do Professor Raimundo! E, sendo assim, não nos sobra absolutamente nada pra falar aqui.

-Maranhão
Maranhenses batem no joelho para fazer o pinto ficar mole quando têm pensamentos demasiadamente bons para certas situações. Eu realmente não acho que pode existir algo que vá além da excentricidade desse povo...

SUDESTE

-Rio de Janeiro
Habitat de origem da maior praga do país: cariocas. Será que todo carioca acha que o Brasil inteiro gosta deles? Que elesh shão shegadosh intimosh de todosh? Que o sotaque delesh é agradável? Quando é que alguém vai dar o grito e dizer que, se pudéssemos excluir algum estado, seria esse? Será que dá pra dizer de uma vez que NINGUÉM gosta de carioca? E, por tudo que é sagrado, arranquem as línguas deles!!!

-São Paulo
São Paulo é a grande locomotiva do país e é por isso que o país vai mal. Como toda locomotiva, o estado solta aquela fumaça desgraçada a ponto de já ter a cidade mais poluída do mundo. Só não soltam fumaça do cigarrinho depois da transa, pois as mulheres de SP não fazem isso (não com os paulistas – com o resto sim, e muito!). Resumindo, SP é um estado poluído e cheio de homem que não trepa. O pior disso é que existem mais de 25 milhões de paulistas (que poluem e não trepam)! Tenha medo, muito medo...

-Espírito Santo
Pare e pense: pra que serve o Espírito Santo? Pois você só vai achar duas utilidades: a primeira é ser uma colônia de férias dos mineiros, que lotam Guarapari todo ano. A segunda é aumentar a distância entre o Rio de Janeiro e a Bahia.
...Peraí! Entre o Rio de Janeiro e a Bahia? Os mineiros realmente precisam de uma colônia de férias com melhor localização...

-Minas Gerais
Minas é o inferno para qualquer estudante de letras ou comunicação. A língua falada aqui é diferente de qualquer outra existente no mundo. Um mineiro não pediria para você pegar as pilhas em cima da estante e colocar no controle remoto. Ele pediria para você pegar o trem em cima do troço e colocar na coisa. E, quando você perguntar “o quê?”, ele repetiria tudo colocando um sonoro “uai” na frente. Mas, além da língua, Minas se destaca por ser o estado mais tradicional e ao mesmo tempo mais inconstante: Belo Horizonte (Belorizonte, Belrzonte, Bê-á-gá...) já foi capital do rock, do sertanejo, do metal, das Américas e da música pop em menos de 30 anos, mas o interior é o mesmo da época do descobrimento. A única coisa que aumentou drasticamente foi o consumo diário de cachaça e outros destilados, atingindo a média de 5 litros por pessoa a cada dia.

SUL

-Paraná
O Paraná se destaca dos demais estados por ter a maior concentração de frescuras por milímetro quadrado do país. Na verdade, até mesmo a França fica atrás do Paraná, uma vez que Paris perdeu o título de Capital Mundial da Frescura para Curitiba. Afinal, aqui tudo deve estar mais que perfeito. E, mesmo que não esteja, qualquer habitante do estado vai teimar que está. Paranaense nem mesmo peida, arrota ou cospe. Até a meleca do nariz não pode ser tirada com a mão. Há rumores de que existe um esquadrão anti-sujeira (tipo os japoneses), capaz de se transformar e obter escudos e lasers assim que avistam um pêlo de cachorro no chão da rua.

-Santa Catarina
O estado com o maior número de dores de pescoço do Brasil deve esse fato ao nariz empinado dos seus habitantes. Nariz que, por sinal, tende a ser mais fino que agulha de insulina contraída pelo frio. Catarinenses REALMENTE se acham europeus e acham que isso é melhor que ser catarinense. Mas se dizem orgulhosos de serem catarinenses apesar de serem orgulhosos de se acharem europeus. Enfim, a capital do estado é um 8 gigante e isso é o bastante.

-Rio Grande do Sul
Uiuiui, muita calma nessa hora. Esse estado já tava reclamando de ser o último da fila, pois estava fazendo um calor in-su-por-tá-vel, amiga! A fama da falta de masculinidade do Rio Grande é tão vasta que já apareceu até nos Simpsons. Juntando isso com o fato de que é o estado mais próximo da Argentina você tem idéia do que vai encontrar lá: bicha que se acha foda!
Ao menos é o estado que mais produz modelos gostosas (ou bonitas e não tão gostosas devido à atual falta de carne em qualquer modelo). Obviamente, elas fazem muito mais sucesso fora do estado.

24 julho 2006

A Maior Invenção do Homem

Ah, a capacidade humana. Com certeza algo notável. É incrível a quantidade de coisas que já surgiram de uma simples idéia. Em apenas alguns milhares de anos nossa raça já mudou o que demorou bilhões para se formar sozinho. Se formos enumerar todas, ficaríamos aqui uma eternidade e pararíamos na metade. A roda, a pólvora, a bússola, a escova de dentes, a revista pornô, o golpe de estado, a fuga da cadeia, o óculos-canudo do Chaves... Sem dúvida invenções belíssimas. Mas uma supera tdas essas. Há algo criado pelo homem que deixa pra trás todas as melhores coisas possíveis de se imaginar. É algo que aquece os corpos, as mentes e os corações de todos os seres pensantes. Algo cuja beleza simples impressiona qualquer um. Por causa dessa coisa, rivalidades inimagináveis foram formadas e fatos memoráveis foram gravados na história individual de várias pessoas. Tudo isso faz com que a invenção à qual me refiro seja a maior criação do homem.
A essa altura você deve estar pensando que eu vou falar sobre a Copa do Mundo. Mas não vou. Reconheço que a Copa do Mundo poderia ocupar esse lugar no coração de alguns, mas ela é, no máximo, a segunda maior invenção.
Qual é a maior? Ora, e não está óbvio? O que pode ser superior que as maravilhas advindas do saco plástico com bolhinhas?
A roda? Toda a velocidade imprimida no melhor e mais rápido dos carros não se compara à velocidade do prazer de se ver milhares de bolhinhas estourando ao mesmo tempo quando se torce o plástico como um pano úmido.
A pólvora? Não mesmo! Nenhum "BOOM" se compara a vários "PLOCS"!
A escova de dentes? Mesmo aqueles que acham divertido escovar os dentes devem concordar que, se tem algo que serve bem quando mordido, é o plástico com bolhinhas! Você o embola, dá uma mordida e PLOC, PLOC, PLOC...
A revista pornô? Como diz a regra, você deve usar a "mão mais boba" para segurar a revista. Já com o plástico com bolhinhas, qualquer PARTE DO CORPO serve!
Até mesmo o óculos-canudo do Chaves fica para trás, uma vez que ele só tem graça quando você tem algo para beber, ao contrário do plástico com bolhinhas, que SEMPRE tem graça.
E quanto ao fogo? Seria o plástico com bolhinhas superior a ele? Pois eu digo que sim! Afinal, você pode sentar no fogo? Pode morder o fogo? Pode pisar no fogo? Pode lamber o fogo? Pode enfiar fogo debaixo do próprio braço, apertá-lo e ainda sair rindo? Não, não pode. Já o plástico com bolhinhas...
Mas tem uma invenção que merece uma comparação: e a camisinha? Pois é, até o utensílio que livra as pessoas de doenças e gravidez indesejada fica pra trás, mesmo sendo feita de plástico. O motivo é simples: a camisinha só é útil quando não estamos sozinhos.
...Agora, quando inventarem a camisinha feita de plástico com bolhinhas... Ah! Aí, além do sexo atingir níveis inimagináveis de diversão, os filmes pornôs terão dois barulhos ao invés de um: "AH!" e "PLOC!".